Nada melhor que um breve silêncio
No escuro da noite fria para esfriar os nervos
Pensamentos lavados em pura hipocrisia
Nos actos envoltos em inocência maldosa
Por entre o olhar do povo cônscio
Que nada faz pelos inocentes servos
E se subjuga na ingenuidade mentirosa
Secretamente pinto o cenário de outra cor
Para que esta não se desbote
Já muito há para pintar e fazer de conta
Quando não se sabe o que mais fazer
Para se livrar do pesadelo e da dor
Que por vezes nos moí como um serrote
E nos coloca sem pé e como uma barata tonta
Sem saber o que mais fazer ou dizer
Danças por aí na noite ao relento
Como se não tivesses casa nem patrão
Tiras-me o norte e deixas-me sem alento
Por te evadires de mim sem dizer sim ou não
Não deixes que as sombras do passado
Te levem o fiel e quente do presente
Porque se dele faço parte e sou o teu amado
Quero que estejas para sempre presente...