Assim me encontro a tirar de dentro de mim pedacinhos meus, teus que se escondem em meus pensamentos para se revelarem aos olhos teus..Em toda a parte só se aprende com quem se gosta.
Meus versos de menina perderam-se nos vãos dos tempos,
condensaram-se nas matizes do aro-íris.
Voaram pelos céus, voláteis e febris...
Composições de poemas inconstantes como a própria meninice.
Rimas frágeis e tão verdadeiras.
Meus versos, em momentos de alfabetização poética, cristalizaram-se no coração da poetisa que hoje resiste escondida, adormecida em fendas de pequeninas rochas.
não te prometo paixão, pois carrego ainda esta dor e de ti só peço, compreensão e sinceridade
próprias eu sei, de teu grande coração.
Não te ofertarei agora, muitos versos ou poemas
pois, como te disse e repito agora, mágoas ainda arrefecem minha emoção de teimosa poeta, que busca sempre a ilusão de ser amada com muita, muita paixão.
Ao ter ver bela e radiosa, convidativa e gostosa, apreciando tua figura de mulher, sem mesmo piscar sequer, senti o desejo quase demente de dar-lhe nem que seja um beijo somente... Teu lindo corpo quero acariciar, com minhas mãos por ele passear, e insanamente todo ele beijar, para de meus sonhos tirá-la, e em realidade transformá-la...
QUE SEJAS TU ..a continuidade da minha canção. Que sejas Tu, o verbo que conjugo. Que sejas Tu, o término de minhas buscas. O escolhido. O marcado. Que seja meu objetivo alcançado. Que acima de tudo, Seja o Amor jurado. Que diante do que desejo seja... Seja Eu, Teu raio de sol. O encanto de teus dias. Que além de teus sonhos, Seja Eu, a Tua realidade. A essência, o corpo que te invade. O Amor que nos espera. Tu e Eu... " Que assim seja! " PABLO NERUDA
Se não falas, vou encher o meu coração Com o teu silêncio, e agüentá-lo. Ficarei quieto, esperando, como a noite Em sua vigília estrelada, Com a cabeça pacientemente inclinada.
A manhã certamente virá, A escuridão se dissipará, e a tua voz Se derramará em torrentes douradas por todo o céu.
Então as tuas palavras voarão Em canções de cada ninho dos meus pássaros, E as tuas melodias brotarão Em flores por todos os recantos da minha floresta.
Nas horas mortas da noite Como é doce o meditar Quando as estrelas cintilam Nas ondas quietas do mar; Quando a lua majestosa Surgindo linda e formosa, Como donzela vaidosa Nas águas se vai mirar!
Nessas horas de silêncio De tristezas e de amor, Eu gosto de ouvir ao longe, Cheio de magoa e de dor, O sino do campanário Que fala tão solitário Com esse som mortuário Que nos enche de pavor.
Então - Proscrito e sozinho - Eu solto aos ecos da serra Suspiros dessa saudade Que no meu peito se encerra Esses prantos de amargores São prantos cheios de dores: Saudades - Dos meus amores Saudades - Da minha terra!
Não vou ficar me rastejando aos teus pés, Nem implorando, que me dê o seu amor. Quem sabe um dia, eu encontre, outra mulher, Que saiba amar, e a mim por fim, me dê valor.
Se amanhã, você ouvir falar de mim, E com saudades, você vir me procurar. Pode até ser, que eu queira lhe receber, Mas o melhor seria, você não me encontrar…