Domingo, 14.04.13
Falta ainda a linguagem do gosto!
Que gosto terá sua boca quando colada na minha?
Que indizível prazer devo sentir ao te percorrer?
Que doce delírio sentir tua boca, todo o meu corpo morder...
Falta ainda a linguagem do tato!
Como será o entrelaçar das nossas trêmulas mãos?
O abraço tão apertado que poderemos ouvir nossos corações,
pulsando sôfregos e descompassados
em meio a tão arrebatadoras emoções...
Falta ainda a linguagem do cheiro!
Não o cheiro da minha ou da tua preferida colônia.
Mas o nosso cheiro, natural, hormonal, quase animal.
Falando da premência da entrega,
assim sem nenhuma cerimônia...
Porque eu já conheço a tua voz acariciante.
Porque eu já conheço a tua melancólica expressão.
Porque eu já conheço o teu complicado sentir.
Porque eu já conheço a tua férrea razão.
Mas que presunção a minha, eu achar que te conheço.
Não porque falte o tato, o olfato e o paladar.
Eu só poderei dizer que realmente te conheço
quando, olhos nos olhos, a tua Alma eu puder sondar.
(Fátima Irene Pinto)
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por leneoliveira às 20:18